100 Livros do Século XX
Por alturas da Expo 98, e nos tempos que a antecederam, houve uma série de iniciativas paralelas à exposição. O Festival dos 100 Dias, celebrava e antecipava a abertura da exposição com vários eventos, dos quais destaco um que ainda hoje recordo - a selecção dos 100 Livros do Século. Esta lista fascinou-me por várias razões. Primeiro, porque na altura ainda não tinham começado os balanços do Século e do Milénio com várias listas e selecções, quando na verdade, ainda faltavam dois anos para final. Depois, o tema eram livros, que não parecia ter nada a ver com o tema dos Oceanos.
Na verdade não era só a questão de saber quais eram esses livros, mas também o facto de ser uma exposição. Ou seja, como estariam esses livros expostos? quais seriam os exemplares escolhidos? Como estaria montada a exposição? Essas exposições tiveram o condão de mostrar que o mar era uma metáfora e que cultura é, e pode ser, tudo.
Como é que uma exposição sobre 100 livros se conta?
Não se conta, vê-se. O modo como a exposição me influênciou foi bem mais do que a mera tomada de conhecimento da lista. Vêr cada volume tratado individualmente, enquadrado por uma explicação e por objectos pessoais dos autor, O enquandramento da época em que a obra foi escrita e o porquê da sua selecção. Eu que defendo que a obra de arte não existe por si só, e que a sua explicação e a sua envolvência fazem parte do conteúdo artístico da obra.
Uma das maiores polémicas foi a selecção da obra Mein Kampf de Adolf Hitler, um livro proibido em vários países. Apesar da sua incontornável relevância na História do Século XX, dar protagonismo a uma obra que só lá está pelas piores razões chocou muito gente. Mas também houve polémica com a inclusão de albuns de Banda Desenhada, livros que ainda não tinham conseguido ser aceite como género literário, muito menos adulto. E claro, tantas outras polémicas com a inclusão ou a exclusão deste ou daquele livro
Mas naturalmente, e como sempre acontece, todas as obras escolhidas refectem apenas a opinião dos autores da selecção, naturalmente subjectiva, que promove a reflexão em torno do tema e das razões das suas escolhas.
exposição 100 Livros do Século XX do Festival dos 100 Dias
- Expo’ 98
Na verdade não era só a questão de saber quais eram esses livros, mas também o facto de ser uma exposição. Ou seja, como estariam esses livros expostos? quais seriam os exemplares escolhidos? Como estaria montada a exposição? Essas exposições tiveram o condão de mostrar que o mar era uma metáfora e que cultura é, e pode ser, tudo.
Como é que uma exposição sobre 100 livros se conta?
Não se conta, vê-se. O modo como a exposição me influênciou foi bem mais do que a mera tomada de conhecimento da lista. Vêr cada volume tratado individualmente, enquadrado por uma explicação e por objectos pessoais dos autor, O enquandramento da época em que a obra foi escrita e o porquê da sua selecção. Eu que defendo que a obra de arte não existe por si só, e que a sua explicação e a sua envolvência fazem parte do conteúdo artístico da obra.
Uma das maiores polémicas foi a selecção da obra Mein Kampf de Adolf Hitler, um livro proibido em vários países. Apesar da sua incontornável relevância na História do Século XX, dar protagonismo a uma obra que só lá está pelas piores razões chocou muito gente. Mas também houve polémica com a inclusão de albuns de Banda Desenhada, livros que ainda não tinham conseguido ser aceite como género literário, muito menos adulto. E claro, tantas outras polémicas com a inclusão ou a exclusão deste ou daquele livro
Mas naturalmente, e como sempre acontece, todas as obras escolhidas refectem apenas a opinião dos autores da selecção, naturalmente subjectiva, que promove a reflexão em torno do tema e das razões das suas escolhas.
exposição 100 Livros do Século XX do Festival dos 100 Dias
- Expo’ 98
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