Fantasmas

O Fantasporto este ano foi mais de fantasmas do que fantasias. E ainda bem. São novas formas de narrativas que aproveitando as temáticas fora da realidade produzem obras fora do comum. Encontrei algumas abordagens de índole social, algumas mais viradas para o criminal, mas o sobrenatural foi quem mais imperou.

Do que vi ao longo da semana já me deixaria satisfeito com as tradicionais surpresas a virem do locais do costume: Extremo Oriente com a Nova Zelândia, Escandinávia e Nuestros Hermanos. Notei aqui a ausência dos Estados Unidos que melhor ou pior costumam contribuir com filmes bem feitos e normalmente interessantes - justiça seja feita. Mas parece que este ano o sobrenatural não andou muito pelas américas. Eu olho muito para as temáticas do Fantas como um sinal dos tempos e, se assim é, estes serão tempos onde há sempre more than meets the eye. Andaremos a ficar mais espirituais?

Mas o que me encantou é que esta relação com outros espíritos foi em geral saudável. Não houve tanto intenção de nos aterrorizar mas talvez mais de conviver. Os fantasmas estavam por outras razões. Vindos do passado, de outras vidas ou de outros mundos, com a simples intenção de comunicarem. E durante quinze dias vivemos com fantasmas na cidade. Foi fantástico.

Fantasporto - Festival de Cinema Fantástico do Porto.