Saturday, March 06, 2010

Público Final

Que ideia mais infeliz a de oferecerem o Público gratuitamente na celebração dos seus vinte anos. Na prática, o que ocorreu foi que todos os compradores regulares do jornal às dez da manhã já não tinham quaisquer exemplares disponíveis. Ou seja, vi velhinhos e miúdos a fazerem bolas com os jornais e, eventualmente a comentarem que não era mau, que se fosse grátis todos os dias também o liam além dos restantes gratuitos. Isto foi o ponto positivo. Negativamente foi todos os leitores regulares de mãos vazias, sem encontrarem o jornal em lado nenhum. Que bela forma de celebrarem, tratando mal quem realmente lê e compra o jornal.

De qualquer modo, como eu geralmente já nem lia, só comprava, acho que foi um belo ponto final nesta longa relação. Os conteúdos eram cada vez mais vazios, a ideologia cada vez mais gratuitamente do contra, os artigos de fundo cada vez mais remetidos apenas para o P2... Por mim já me bastava comprar o P2, e ler os básicos num gratuito qualquer. Nem o Ípsilon consegue acompanhar os bons suplementos culturais doutros tempos, com muito press releases e pouco sumo, e todo "Lisbon Centered". Aliás, não fossem o Dn e o I tão limitadamente alfacinhas e já teria mudado antes. Mas acho que estava à espera de um forte motivo. Outro pormenor, tentei ler alguns artigos online e mais uma conclusão: O site do Público é horrível, que péssima gestão de conteúdos, que péssimo grafismo, que funcionalidade mais primitiva. Este site também parece ter vinte anos.

Foi uma bela prenda, algo do género "Como te sentirias sem o Público durante um dia?" Bom, não me sinto nada mal... Já houve outros tempos em que o Público era imprescindível. Agora já não . Obrigado, não tinha reparado.

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