Fantasporto
Estive a ler antigas notícias sobre os Fantasportos dos anos anteriores.
Para além dos anos duros, em que o cinema era mesmo de terror, e os autores eram mesmo obscuros o Fantas foi crescendo. Muitos questionaram a perda de identidade, mas na minha opinião a ida para o Rivoli valeu mesmo a pena. Ninguém era obrigado a ver as sessões dos cinema comerciais, e as velhas sessões continuavam por lá. Foram bons anos.
Agora, desde a chegada do burro do Rui Rio e do Filipe La Feira que o Fantas, e o Rivoli, tem vindo a perder identidade. É que não falo apenas de constragimentos orçamentais, mas ver as sessões num Rivoli ainda com restos do circo do La Feira da semana anterior, sem promoção adequada, com as actividades da antiga tenda insuflável que funcionava como montra do festival, remetidas para os obscuros últimos andares do Rivoli, onde só mesmo os muitos aficionados podem eventualmente vislumbrar algum realizador ou actor, com os transeuntes completamente alheados de um dos maiores festivais do mundo a decorrer dentro daquelas míticas paredes. O Fantas continua, sem deixar que desapareça a qualidade e pertinência das obras em exibição, mantendo a identidade e o culto fantástico que tanta personalidade dá à bela cidade invicta. Se podíamos ter um Fantasgaia? Podíamos, mas não era a mesma coisa. Era outra coisa completamente diferente. O Fantas já existe há muito mais do que o Rui Rio, e ele não pode ficar lá para sempre. Espero que estes sejam apenas os anos da resistência.
Para além dos anos duros, em que o cinema era mesmo de terror, e os autores eram mesmo obscuros o Fantas foi crescendo. Muitos questionaram a perda de identidade, mas na minha opinião a ida para o Rivoli valeu mesmo a pena. Ninguém era obrigado a ver as sessões dos cinema comerciais, e as velhas sessões continuavam por lá. Foram bons anos.
Agora, desde a chegada do burro do Rui Rio e do Filipe La Feira que o Fantas, e o Rivoli, tem vindo a perder identidade. É que não falo apenas de constragimentos orçamentais, mas ver as sessões num Rivoli ainda com restos do circo do La Feira da semana anterior, sem promoção adequada, com as actividades da antiga tenda insuflável que funcionava como montra do festival, remetidas para os obscuros últimos andares do Rivoli, onde só mesmo os muitos aficionados podem eventualmente vislumbrar algum realizador ou actor, com os transeuntes completamente alheados de um dos maiores festivais do mundo a decorrer dentro daquelas míticas paredes. O Fantas continua, sem deixar que desapareça a qualidade e pertinência das obras em exibição, mantendo a identidade e o culto fantástico que tanta personalidade dá à bela cidade invicta. Se podíamos ter um Fantasgaia? Podíamos, mas não era a mesma coisa. Era outra coisa completamente diferente. O Fantas já existe há muito mais do que o Rui Rio, e ele não pode ficar lá para sempre. Espero que estes sejam apenas os anos da resistência.
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