Cores / Eras
Cada geração tem o seu próprio código cromático !
Os Baby Boomers (pessoas que nasceram entre o final da segunda Guerra Mundial e meados dos anos 60) e a geração X (nascidos entre 1965 e 1980) têm uma forte inclinação para paletas mais tradicionais, dominadas por tons neutros e pastel. A partir da década de 1970 essas paletas foram enriquecidas por tons da natureza: verdes, castanhos e vermelhos ferrugem.
A Geração Y - ou os Millennials - (nascidos entre 1980 e meados da década de 1990) cor-de-rosa millennial. Mais do que tonalidade, este tom pastel tornou-se emblemático durante a década de 2010 - símbolo de leveza, optimismo e, sobretudo, um desafio para as normas de género tradicionais.
Para a Geração Z (de 1995 a 2010), a primeira cor que se destacou foi um amarelo ousado, rapidamente apelidado de "Gen Z Yellow", que surgiu por volta de 2018 num contraste deliberado com o cor-de-rosa da geração anterior. Pouco depois o roxo entrou na mistura - há muito associado com o poder, com a criatividade e com a luta feminista, foi então reinterpretado como um símbolo da inclusão e expressão pessoal. Mais recentemente, o verde começou a conquistar terreno. Por um lado, tornou-se uma cor mobilizadora das preocupações ecológicas e no discurso político. Por outro lado, foi reinventado como um tom provocador, o brat green, popularizado em 2024 pela cantora britânica Charli XCX.
A Geração Alfa (a partir de 2010), que ainda vai nos seus primeiros anos, movimenta-se entre dois pólos: uma inclinação para tons mais naturais e reconfortantes, e uma imersão precoce nas cores mais saturadas e artificiais do mundo digital.
Falar sobre as cores das gerações é, por isso, uma ferramenta de descodificação. Para cada geração, as cores são mais do que a escolha estética: têm significado, são uma testemunha do tempo, fonte de emoção e uma linguagem partilhada que une os indivíduos ao espírito do seu tempo.
Por Sabine Ruaaud é professora de marketing na EDHEC Business School em França, e Rose K. Bideaux estuda arte e estudos de género na Université Paris 8. In the P3 / The Conversation

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