Tuesday, March 13, 2007

Fantasporto 07

Já há muito que estou para dar a minha opinião do Fantasporto deste ano.
Não foi nada de extraordinária, mas não foi má. E se tivesse de salientar uma tendência desta edição diria que este Fantas foi o mais sanguinário de há algum tempo para cá. Tanto nos premiados como nas sessões regulares vi muitos filmes pesados, com muito terror, muitos monstros e muitas facas e mais sangue do que é costume.

Aliás, o filme "Taxidermia" de Gyorgy Pálfi foi talvez o filme mais violento que já vi premiado. Já vi alguns mais violentos, mas passando nas sessões especiais só para fanáticos. Em geral o terror é uma constante do festival, mas costumam ser contrabalançados por outros filmes. Mesmo quando há muito terror, serão talvez mais os psicológicos ou de fantasia. Mas confesso que muito do festival também passa pela minha experiência pessoal e pode ter sido apenas coincidência.

Vi poucos filmes espanhóis por lá, o que me fez sentir alguma falta. Houve a fantasia do “El Laberinto del Fauno” e “Un Franco, 14 Pesetas”, filmes premiados mas que acabei por não ver. E já há algum tempo que não tenho encontrado o cinema Neozelandês que vivia mais da fantasia do que dos fantasmas. No resto, o cinema oriental e norte americano a fazerem as despesas da casa. Achei muito bonito o filme “The Promise” de Chen Kaigé, e interessante o "Paprika" de Satoshi Kon. No geral todos os que vi foram engraçados e relevantes. Podia era haver outras tendências para contrabalançar. Muitas vezes, as edições do Fantas são um reflexo dos dias que vivemos, mas desta vez foi um pouco inconsequente. Não houve aquele Filmão, não houve aquela tendência global. Foram apenas filmes. Muitos.
Mas não foi em vão. Nunca é.

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