Calcula a cultura
Rui Rio afirma que quando lhe falam em cultura, ele puxa logo pela máquina de calcular. Pois, o problema é que ele não sabe que números há-de pôr. Não faz a miníma ideia, porque tem que lidar com conceitos mais sofisticados e subtis do que tijolos ou areia. No caso do Fantasporto que contas deveria o Rio fazer? Limitar-se contar o número de espectadores e multiplicar pelo preço dos bilhetes é um sinal claro de insuficiência mental. Contabilizar a importância cultural de Nova Iorque pela quantidade de espectadores de um dos seus festivais é claramente redutor, e julgo que qualquer aluno primário consegue perceber isso. Rui Rio não.
Porque é Cannes é conhecido? Porque tanta gente quereria ir a Sundance, quando nem sabem bem onde é? E Woodstock? E que conhecemos nós de Manchester, senão a sua música e futebol? E Madchester, IAMsterdan, Madrid mi Mata? Fantasporto? Todos estes eventos põem uma cidade no mapa, com claros benefícios que vão bem para além do número de espectadores pontuais. Criam a identidade que caracteriza daí em diante tudo o que provem dessa região. Porque os produtos franceses são vistos como algo luxuoso, charmoso e elegante? São os seus festivais, a sua gastronomia, os seus museus, a sua arquitectura, a sua música, o seu estilismo, que lhes dá o estilo. Mesmo as corridas de carrinhos que Rui Rio tanto gosta, quando adicionada cultura e personalidade, como em Le Mans, vendem muito melhor os automóveis franceses. Basta fazer contas.
É a Cultura, estúpido!
Porque é Cannes é conhecido? Porque tanta gente quereria ir a Sundance, quando nem sabem bem onde é? E Woodstock? E que conhecemos nós de Manchester, senão a sua música e futebol? E Madchester, IAMsterdan, Madrid mi Mata? Fantasporto? Todos estes eventos põem uma cidade no mapa, com claros benefícios que vão bem para além do número de espectadores pontuais. Criam a identidade que caracteriza daí em diante tudo o que provem dessa região. Porque os produtos franceses são vistos como algo luxuoso, charmoso e elegante? São os seus festivais, a sua gastronomia, os seus museus, a sua arquitectura, a sua música, o seu estilismo, que lhes dá o estilo. Mesmo as corridas de carrinhos que Rui Rio tanto gosta, quando adicionada cultura e personalidade, como em Le Mans, vendem muito melhor os automóveis franceses. Basta fazer contas.
É a Cultura, estúpido!
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