Concordo ortográfico
Ouvi agorinha na tv, que a academia espanhola de letras esclarece qualquer dúvida sobre a enciclopédia da língua espanhola num prazo máximo de 8 dias. E de cinco em cinco anos edita um livro com todas essas dúvidas. Desse modo o espanhol tem sempre a academia como referência linguística mundial.
No Séc XVIII todas as potencias europeias editaram uma enciclopédia linguística que, devidamente actualizada, tem servido como base para todos os falantes desse mesmo idioma pelo mundo fora. No caso do inglês, essa matriz foi preservada pelo facto de muito cedo ter sido feita uma tradução da bíblia para inglês. Ou seja, daí em diante toda gente aprendia a falar usando as formas gramaticais escritas na bíblia. Outra razão foi que os anglo-saxónicos exportaram para as colónias o seu sistema judicial que se fundamenta no precedente e na palavra escrita. Lincoln estudou pelos manuais ingleses e ainda actualmente há bases linguísticas fortes e institucionais que mantêm a sua unidade pelo mundo fora.
Portugal também chegou a editar uma enciclopédia linguística no século XVIII, mas apenas editou a letra A. Quando a corte real foi para o Brasil levaram a língua falada mas deixaram a palavra escrita em casa. E se alguém no interior do Brasil queria escrever alguma palavra, naturalmente escrevia como falava. E assim o Brasil foi crescendo mantendo a unidade através do português. Foram mesmo os brasileiros que criaram a enciclopédia linguistica de referência da actualidade - O Aurélio, e têm sido os seus principais exportadores a todos os níveis. Como por exemplo na internet.
A nossa política de defesa do português está bastantes séculos atrasada. O acordo ortográfico tenta colmatar esse atraso. A nossa política cultural além fronteiras é mediocre e em nada nos destacamos no panorama internacional. Valha-nos o nosso país irmão.
Com excertos de José António Ribeiro na "Câmara Clara"
No Séc XVIII todas as potencias europeias editaram uma enciclopédia linguística que, devidamente actualizada, tem servido como base para todos os falantes desse mesmo idioma pelo mundo fora. No caso do inglês, essa matriz foi preservada pelo facto de muito cedo ter sido feita uma tradução da bíblia para inglês. Ou seja, daí em diante toda gente aprendia a falar usando as formas gramaticais escritas na bíblia. Outra razão foi que os anglo-saxónicos exportaram para as colónias o seu sistema judicial que se fundamenta no precedente e na palavra escrita. Lincoln estudou pelos manuais ingleses e ainda actualmente há bases linguísticas fortes e institucionais que mantêm a sua unidade pelo mundo fora.
Portugal também chegou a editar uma enciclopédia linguística no século XVIII, mas apenas editou a letra A. Quando a corte real foi para o Brasil levaram a língua falada mas deixaram a palavra escrita em casa. E se alguém no interior do Brasil queria escrever alguma palavra, naturalmente escrevia como falava. E assim o Brasil foi crescendo mantendo a unidade através do português. Foram mesmo os brasileiros que criaram a enciclopédia linguistica de referência da actualidade - O Aurélio, e têm sido os seus principais exportadores a todos os níveis. Como por exemplo na internet.
A nossa política de defesa do português está bastantes séculos atrasada. O acordo ortográfico tenta colmatar esse atraso. A nossa política cultural além fronteiras é mediocre e em nada nos destacamos no panorama internacional. Valha-nos o nosso país irmão.
Com excertos de José António Ribeiro na "Câmara Clara"
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