1/2 de Comunicação

Comunico através do meu blogue com pessoas que nunca lêem o meu blogue.

cito Pedro Mexia como ele me citaria se eu tivesse dito isto

Rio-me

“cada vez que me falam de cultura saco logo a calculadora”

de Rui Rio

Filme de Moraes

Ainda não vi, mas recomendo. Um filme sobre Vinícius de Moraes só pode ser bom.

Vinícius de Moraes

Em meados de 1968, durante a onda de protestos que sacudiu o regime Brasileiro, o marechal Costa e Silva teria redigido de próprio punho um bilhete ordenando: “Assunto: Vinícius de Moraes. Demita-se esse vagabundo”. Facto ou lenda, o incidente ilustra a irritação do regime com o poeta, causada não pela sua escassa assiduidade ao trabalho, mas por notórias amizades à esquerda e uma discreta politização das suas letras.

A caça às bruxas foi justificada pela ditadura como acto moralizador, com o objectivo de purgar o serviço público de “corruptos, homossexuais e bêbados”. Os amigos que foram receber Vinícius, viram-no descer do avião abatido, amargurado, mas com uma garrafa de whisky em punho para evitar qualquer mal-entendido:

- Eu sou bêbado!

Re:ligião

iBelieve

Fantástico!
Não fazia ideia que a comunidade dos iPods já se assumia declaradamente como uma nova religião. Facto é que, no que ao Design diz respeito esta peça é genial.

Sofia Blanc de Blancs

Francis Ford Coppola decidiu inovar, desta vez no campo dos vinhos. Este vinho branco, baptizado com o nome da sua filha também realizadora, procurava uma embalagem num formato mais pequeno que não tirasse o prestígio que o vinho já tinha. As tradicionais opções não pareciam de todo adequadas: garrafas com tampinha, embalagens Tetrapak... nada que transmitisse a imagem Hip pretendida.

Esta solução pareceu-me excelente, muito na direcção de um potencial público consumidor, como serão os jovens que saêm à noite e que em geral bebem cervejas ou bebidas brancas e onde um bom vinho poderia ser uma excelente alternativa. Nesta lata e com uma palhinha, contem comigo.

Painting

The world´s most expensive painting

no Independent que sobrou.

Aplaudismos

Os Portugueses são gente de ir ao Teatro (ou à Ópera, ou outros), e ver tudo muito bem comportados. No final batem palmas e à saída criticam. Ou não gostaram ou não perceberam. Ou nem uma nem outra.
Mas aplaudem.

Se não gostam, porque aplaudem?
Será um respeito pela cultura erudita, que não lhes permite nunca por em causa estas obras? Porque vão ao teatro se não gostam? Ou se gostam, porque maldizem? Este respeito pelas coisas que muito boa gente considera elevadas e nobres, sem que no fundo as compreendam, e sem que tenham por elas um interesse real e genuíno, incomoda-me profundamente. Não digo que tenhamos que compreender totalmente para gostar. Gosto quando há um interesse sincero pela obra. Mas também gosto quando sabemos ser um público exigente e com personalidade. Quando não gostamos, devemos expressá-lo in loco. Sobre o futebol todos têm opinião. Sobre as artes só sabem dizer que sim, que viram, que foram e gostaram, mas que não prestava para nada.
Essas coisas, que fica sempre bem dizer.

Um D

Numa das cenas do filme, o casal de protagonistas vem de um filme 2D, queixando-se que o formato não substitui o encanto do 1D

Um D de Mike Grimshaw, no Cinanima de Espinho

Inútil Paisagem

A sua indiferença é tanta que nem nota que esta foto está de pernas para o ar?

Atascados

Ver um programa do Gato Fedorento ou ler um livro de António Lobo Antunes é entrar numa tasca.
O Portugal pequenino... este país não é o Portugal Fashion.

por Ana Sá Lopes

Laranjamos

Um dos reflexos da influência do grafismo na nossa sociedade é a mudança da simbologia associada ao Cor de Laranja. Possuo um livro algo antigo que, num contexto essencialmente social, analisa a simbologia das cores. Há significados que são ancestrais e outros mais actuais. Na altura em que foi publicado, cerca de 1990´s, o Laranja era designado como uma cor pobre, fraca e que desde a idade média era citada como uma das cores menos preferidas na sociedade ocidental (junto com o castanho). As poucas conotações da época associavam a cor à saúde.

Nos dias de hoje o Laranja é uma cor amada e desejada, não só por muitas empresas, como também pelas pessoas em geral. Está associada ao dinamismo, à juventude e inovação e principalmente à energia. Cito, por exemplo, uma definição recente: "O Laranja, inconscientemente, lembra sabores agradáveis, pois abre e estimula o apetite. Auxilia a mente a assimilar novas idéias. Em pequenas doses, estimula os sentidos, a criatividade e a comunicação."

Quem diria.
O Laranja já era isto tudo, e durante centenas de anos ninguém percebeu? Ou o Laranja tornou-se isto tudo?

Logótipos

Estes exemplos não serão as últimas tendências em logótipos, mas sim algumas das principais. Muitas delas acompanham as tendências sociais, como a ecologia no caso dos logótipos verdes. Outras, os avanços técnicos, como no casos dos Logo-fotos. Muito do Design Gráfico é feito sobre regras e objectivos concretos. Mas a estética, as cores, as modas e os símbolos, tudo isso constrói a nossa sociedade. Para além de reflectirem tendências, o grafismo também cria tendências.


Droplets


Refinement


Pop


Animorphic


Alph-Face


Green



Logótipos em Graphic Design USA

Telemóveis x Automóveis

Segundo o Economist , os telefones são agora a tecnologia dominante pela qual as novas gerações, jovens urbanos em particular, se definem. Que tipo de telemóvel utilizam ou a forma como o personalizam diz muito sobre uma pessoa, da mesma forma que os automóveis faziam com as gerações anteriores. As pessoas compram telemóveis novos muito mais do que realmente necessitam.

Ambas as tecnologias aproximam as pessoas. Para os jovens, ambos funcionam como símbolo de independência. E tanto os Automóveis como os telemóveis promovem a liberdade e mobilidade, tendo por vezes reflexos sociais inesperados.

no the hidden persuader

Óbitos

de André Kirkelis e Ícaro Dória