Outros Mares

Portugueses do Milénio

Quando abordamos a questão de quem foram os grandes Portugueses, podemos ver a questão pelo nosso prisma ou pelo quão grandes foram estes Portugueses para o Mundo.

Nesse sentido queria citar três livros. Um é o The LIFE Millennium, onde a revista LIFE escolhe os 100 eventos e pessoas mais importantes dos últimos 1000 anos. É uma revista Americana, portanto a perspectiva, por muito que tente ser isenta, será sempre Americana. Quanto aos Portugueses presentes nesta lista, temos dois. Logo em 7º está Fernão Magalhães. E Vasco da Gama na 37ª posição.

Na sua edição especial Person of the Century, a revista TIME escolheu uma pessoa por cada século para nomear as mais importantes do último milénio. Mais uma vez, os citados são Fernão Magalhães e Vasco da Gama, mas a figura é Cristovão Colombo. A citação é até muito apreciativa dizendo que Magalhães atravessou todos os oceanos, Vasco da Gama chegou às verdadeiras Indias, e Colombo descobriu a América verdadeiramente sem querer. No entanto, o escolhido desse século é, e quanto a mim bem, Johann Gutenberg. No século vinte não temos nomeados.

No livro 1000 Years of Famous People, da editora Kingfisher publications, temos mais alguns Portugueses. Este livro é bem maior que os restantes, bem como o número de citados. No capítulo dos exploradores temos Fernão Magalhães, Pedro Alvares Cabral, o Infante D. Henrique e ainda Vasco da Gama. No desporto temos Eusébio da Silva. E é tudo.

O Maior Português foi Fernão Magalhães

Na história, o maior Português foi Fernão Magalhães.
Magalhães realizou um feito incomparável ao ser o primeiro ser humano a dar uma volta completa ao mundo. Na verdade, quem deu foi a sua tripulação. Às suas ordens. E às ordens do Rei de Espanha. Mas pode se dizer que foi a partir dele que o mundo começou a ficar mais pequeno para todos nós.

Distingo também Dom Sebastião e Luis Vaz de Camões. Dom Sebastião deu-nos a identidade. Todos os Portugueses têm um pouco do pequeno Rei dentro de si. O mito do Rei que foi para longe e pelo qual ainda hoje esperamos, faz parte de nós. Acho que os países se definem mais do que pelas fronteiras. E a nossa alma, essa, é Sebastiânica. Luis Vaz de Camões deu-nos a história. A nossa história. A nossa cultura, as nossas palavras. Também ele viajou para longe, também ele lutou e sofreu. Mas Camões ficou para sempre.

Na actualidade cito alguns nomes relevantes. Com Oliveira Salazar perdemos o império, perdemos o orgulho, perdemos muitos anos, perdemos o sentido. Decerto que Salazar ficará na história, mas talvez como o Menor Português. Por outro lado tivemos José Saramago, José Mourinho e Luis Figo. Desde que existo, estes três Portugueses levaram o nosso nome mais longe e mais alto. Se algum deles ficará na História do mundo, não sei. Para já fazem a história do meu mundo.

Sexxxo

- O sexo é sujo?
- Sim, se o estiveres a fazer correctamente.

por Woody Allen

Qual Crime

Francisco Louçã disse-o.
Se para algumas pessoas o aborto é um homicídio, deverá ser punido como tal. Portanto pena máxima de 25 anos para o autor e penas consequentes para os seus cumplices. Se é um crime, e é de homicídio, sejam coerentes. O resto é hipocrisia.

Absolut Jobim

Esta publicidade continha um disco verdadeiro.De Musica Brasileira, naturalmente.

Terrae Incognitae

Vivemos mais de meio século com a ideia de um mundo finito, inteiramente explorado e completamente acessível a toda a gente. Esta ideia de aldeia planetária, em que foram abolidas distância e obscuridade, será que é sempre exacta?

O conceito de Terrae Incognitae trata de mostrar que, tal como antigamente, o planeta possui buracos os manchas brancas, análogas àquelas que figuravam nos mapas, no início do século. São terras que já conhecemos, sabemos a sua geografia, mas actualmente estão inacessíveis. Zonas e populações excuídas da rede mundial política, da economia e da informação, com as suas próprias leis, autónomas e opacas.


Podem se resumir a três tipos de Terrae Incognitae:

As Zonas de Guerrilha, onde estados e governos privados de apoios ficam em sitaução instável. Fracos, muitas vezes tornam-se violentos, não hesitando em recorrer a meios criminosos para sobreviver(tráficos, crimes, etc). Estabeleceu-se em numerosos estados um processo de criminalização da economia e de decomposição política, particularmente em África (Libéria, Somália, Ruanda)

Os Estados Fechados, serão um mecanismo de certo modo inverso ao anterior, em que a exclusão provém da força do estado, que exerce uma autoridade sobre zonas em que decidiu isolar do contacto do mundo exterior

As Megapóles, com vastas zonas de habitat precário, (como bairros da lata, bidonvilles, slums, favelas), onde a degradação social é bastante grande. Desenvolve-se uma economia informal, muitas vezes criminalizada: Bandos, máfias. A presença do estado reduz-se a intervenções policiais intermitentes, frequentemente difíceis, onde a manutenção da ordem está confiada aos próprios bandos.

Pyongyang

O Aeroporto de Pyongyang, capital da Coreia do Norte.
Foto de Maria João Belchior.

Coreia do Norte

Maria João Belchior é jornalista em Pequim.
Ouvi falar dela numa reportagem na rádio em que ela foi uma das poucas pessoas escolhidas para visitar a Coreia do Norte. Ainda para mais jornalista. O relato na primeira pessoa da sua estadia na Coreia é mesmo interessante. As pequenas histórias de ser proibido os telemóveis, de quase não haver carros nas ruas e muito poucas bicicletas, as paisagens, a arquitectura, o simples comprar de uma fruta ou algum artesanato autorizado, sempre acompanhada da "guia"...

Maria João já estava na Coreia do Norte quando se realizaram os testes nucleares, mas só o soube quando outros turistas ingleses chegaram ao hotel e viram a CNN numa das poucas Tv´s existentes na capital (entram no país cerca de cem turistas anualmente). Muitos entraram em pânico e queriam contactar as embaixadas e, eventualmente, vir embora. Mas o resto da cidade vivia normalmente desconhendo que o mundo tinha abanado um pouco.
Sempre gostei muito saber o que acontece nessas terras incógnitas. E quando são os próprios a relatar a visita na 1ª pessoa, acho fascinante.

Belle du Jour

Saudades da Primavera ?

Opino

Gosto muito de dar opiniões, mas já algum tempo que não o faço. Para colmatar tal ausência, aqui fica uma nova: Sou a favor!

Mar aberto

"Quando comecei a navegar tentava me manter o mais próximo da costa. Julgava-me mais seguro assim.
Quanto mais fui navegando, fui sentindo mais confiança no mar aberto. As correntes são constantes e repetitivas e os ventos não são tão imprevisíveis como no litoral."

in Sailling Channel

Viva la tristeza!

Nas músicas não é muito diferente.
La flor de mi secreto e Habla con ella, são reincidentes, mas as musicas não vêm directamente do filme. Tonada de luna llena só entra com o genérico. Mas que entrada. As que eu mais gosto são uma colectânea do que Almodovar ouvia enquanto escrevia o filme Habla con ella. Cito um texto do próprio.

"Enquanto escrevo um guião não escuto música, e a que escuto sofre uma selecção natural muito severa (a música chama-me demasiado a atenção e interfere com o que escrevo). Normalmente trabalho melhor em silêncio, mas há dias que me levanto mil vezes da mesa para mudar de tema musical até encontrar o adequado. Mudo continuamente de temas e estilos, até dar com uma música que me acompanha sem me distrair, que me acentua a concentração e a enriquece. Nas semanas seguintes volto a repetir aqueles temas que superaram a prova.

A escrita de um guião é como uma personagem que só lhe assenta bem determinadas roupas, determinados estilos, determinadas cores.

Este Cd está composto pelos temas que me acompanharam enquanto escrevia Hable con Ella. Todos assentaram bem na história enquanto a escrevia no meu computador. Todos assentarm bem em mim e me acompanharam com a eficácia e a intensidade de um amante secreto. Se por acaso leres o guião e escutares estes temas, comprovarás que se fundem em uma e a mesma coisa, digamos que são como "a banda sonora secreta e alternativa de Hable com ella".

Em Viva la tristeza! há uma reivindicação da lágrima, da moção liquida, da solidão, da intimidade com um acompanhar de recordações dolorosas, de da melancolia.. Sem que isto signifique complacência com a dor, nem masoquismo.

Todos estes temas me provocam uma emoção profundamente analgésica. São muito variados, mas suponho que têm algo em comum, abundam os sussurros, os lamentos, a canção de amor desesperada (a explosão final de La llorona es uma prova eloquente). Todas as canções são jóias em seu estilo particular.

Surpreenderá a presença de Nicolette e de Nina Simone. Por um lado rompem a torrente lacrimal das antecessoras (menção especial merece Jimmy Scott, recreando uma canção sem limites, Nothing compares 2U, fazendo dela sua e nova. O Djian Gaspatyan & Michael Brook, um americano e um canadiano, interpretando o luminoso lamento Dark Souls). Nicolette é a versão moderna de Billie Holiday, tinha que estar aqui, em cima deste vale de lágrimas, e Nina Simone porque é a melhor versão dela própria. A surpreendente versão de Gregory Isaacs de La casa del sol naciente, com efeito é como abrir a janela para que entre a luz de um dia de sol.

Benigno, o enfermeiro que cuida de Alicia, uma jovem em coma há quatro anos, punha estas canções para que ela as escutasse nesse limbo secreto donde vivem as mulheres adormecidas. Todos os temas têm algo de canção de embalar, canções para mulheres ausentes, que nos enchem o coração de tristeza e delicia.

Pedro Almodovar

Mi Secreto

Os meus preferidos costumam ser, La flor de mi secreto e Habla con ella. Nem sempre, mas normalmente.


Teatro Lopes de Vega. El encenario esta lleno de sillas de madera y mesas redondas, también de madera ... puertas por donde aparecen y desaparecen ... porta giratoria al fondo. Se represent ... pieza expressionista coreografiada ...

EL DESEO presenta

de Pedro Almodovar

Volver

De agora em diante Voltar é um filme.

É um filme, é uma história, é o tempo e é o espaço. São as memórias e é a distãncia. Voltar era um verbo. Agora são muitos. É o vento, são os cortinados, são os prédios, são os carros e os riachos. Somos nós todos os dias. Não sendo o melhor, mexe o suficiente para o relembrar assiduamente. Acrescentou os nossos dias. Gosto de cinema assim.

Gosto de muitas coisas assim. Volvaras...

The Sun

Na genial série “Yes minister” definiram, um dia, os jornais britânicos da seguinte forma: “O Times é lido pela as pessoas que pensam que ainda mandam no Reino Unido; o Guardian é comprado pelas pessoas que julgam que deviam mandar no país; o Financial Times é adquirido pelas pessoas que de facto mandam na Grã-Bretanha; o Sun é levado pelas pessoas que se estão nas tintas para quem manda, desde que tenha mamas”.

no site 5dias.net

Mar da Tranquilidade

O astronauta Buzz Aldrin caminha na superfície da Lua ao pé da perna do Módulo Lunar Eagle, fotografado por Neil Armstrong.


Mar da Tranquilidade é o nome da superfície da Lua escolhida para a alunagem do Módulo Lunar

No mundo da Lua

Depois do 1º homem na lua, Neil Armstrong, sei que o seu colega Edwin Aldrin logo o seguiu. Que estiveram lá algum tempo e que deixaram uma bandeira, tudo em directo para a Tv. Achava que mais algumas pessoas tinham voltado à lua, mas não fazia ideia nem quantos nem quando. Nem se realmente mais alguém tinha lá voltado.

Foi um livro americano que questiona os astronautas ainda vivos sobre a experiência, que me fez realmente confirmar quem eram. Para mim, sempre tinham sido só dois. Aqui estão os restantes:

Julho de 1969
Neil Armstrong + Edwin E. "Buzz" Aldrin (Apolo XI)

Novembro de 1969
Charles Conrad + Alan Bean (Apolo XII)

Fevereiro de 1971
Edgar Mitchell + Alan Shepard (Apolo XIV)
Alan tinha 47 anos na época. Detém o recorde de ter sido o homem mais velho a pisar na Lua.

Agosto de 1971
David Scott + James Irwin (Apolo XV)
James foi o primeiro dos 12 homens a falecer, em 1991, vítima de uma crise cardíaca. Tinha 61 anos.

Abril de 1972
Charles Duke + John Young (Apolo XVI)

Dezembro de 1972
Eugene Cernan + Harrison Schmitt (Apolo XVII)
Bateram o recorde de permanência na superfície da Lua: 75 horas.

Desde 1972 que o homem não voltou à Lua.