Monday, July 21, 2008
Aldeia Global
Martin Page narra também como os portugueses levaram as túlipas, o chocolate e os diamantes para a Holanda. Introduziram o hábito do chá na Inglaterra. Na Índia introduziram o caril e as famosas chamuças. Levaram para o Japão a receita da "tempura", ensinaram-lhes a técnica do fabrico de armas e introduziram termos na língua japonesa que ainda hoje são utilizados, como por exemplo "origato" (derivado de obrigado). A lista de contribuições dos portugueses para a "Aldeia Global" é inesgotável e não se limita à História e à Culinária.
Martin Page em "A Primeira Aldeia Global"
Martin Page em "A Primeira Aldeia Global"
Sunday, July 20, 2008
Concordo ortográfico
Ouvi agorinha na tv, que a academia espanhola de letras esclarece qualquer dúvida sobre a enciclopédia da língua espanhola num prazo máximo de 8 dias. E de cinco em cinco anos edita um livro com todas essas dúvidas. Desse modo o espanhol tem sempre a academia como referência linguística mundial.
No Séc XVIII todas as potencias europeias editaram uma enciclopédia linguística que, devidamente actualizada, tem servido como base para todos os falantes desse mesmo idioma pelo mundo fora. No caso do inglês, essa matriz foi preservada pelo facto de muito cedo ter sido feita uma tradução da bíblia para inglês. Ou seja, daí em diante toda gente aprendia a falar usando as formas gramaticais escritas na bíblia. Outra razão foi que os anglo-saxónicos exportaram para as colónias o seu sistema judicial que se fundamenta no precedente e na palavra escrita. Lincoln estudou pelos manuais ingleses e ainda actualmente há bases linguísticas fortes e institucionais que mantêm a sua unidade pelo mundo fora.
Portugal também chegou a editar uma enciclopédia linguística no século XVIII, mas apenas editou a letra A. Quando a corte real foi para o Brasil levaram a língua falada mas deixaram a palavra escrita em casa. E se alguém no interior do Brasil queria escrever alguma palavra, naturalmente escrevia como falava. E assim o Brasil foi crescendo mantendo a unidade através do português. Foram mesmo os brasileiros que criaram a enciclopédia linguistica de referência da actualidade - O Aurélio, e têm sido os seus principais exportadores a todos os níveis. Como por exemplo na internet.
A nossa política de defesa do português está bastantes séculos atrasada. O acordo ortográfico tenta colmatar esse atraso. A nossa política cultural além fronteiras é mediocre e em nada nos destacamos no panorama internacional. Valha-nos o nosso país irmão.
Com excertos de José António Ribeiro na "Câmara Clara"
No Séc XVIII todas as potencias europeias editaram uma enciclopédia linguística que, devidamente actualizada, tem servido como base para todos os falantes desse mesmo idioma pelo mundo fora. No caso do inglês, essa matriz foi preservada pelo facto de muito cedo ter sido feita uma tradução da bíblia para inglês. Ou seja, daí em diante toda gente aprendia a falar usando as formas gramaticais escritas na bíblia. Outra razão foi que os anglo-saxónicos exportaram para as colónias o seu sistema judicial que se fundamenta no precedente e na palavra escrita. Lincoln estudou pelos manuais ingleses e ainda actualmente há bases linguísticas fortes e institucionais que mantêm a sua unidade pelo mundo fora.
Portugal também chegou a editar uma enciclopédia linguística no século XVIII, mas apenas editou a letra A. Quando a corte real foi para o Brasil levaram a língua falada mas deixaram a palavra escrita em casa. E se alguém no interior do Brasil queria escrever alguma palavra, naturalmente escrevia como falava. E assim o Brasil foi crescendo mantendo a unidade através do português. Foram mesmo os brasileiros que criaram a enciclopédia linguistica de referência da actualidade - O Aurélio, e têm sido os seus principais exportadores a todos os níveis. Como por exemplo na internet.
A nossa política de defesa do português está bastantes séculos atrasada. O acordo ortográfico tenta colmatar esse atraso. A nossa política cultural além fronteiras é mediocre e em nada nos destacamos no panorama internacional. Valha-nos o nosso país irmão.
Com excertos de José António Ribeiro na "Câmara Clara"
Descobrirmo-nos
"Há um tipo que é definido pela viagem, gente que... se descobre a si mesma durante a viagem... E depois há outro tipo, que tem desprezo por viajar: ‘Porque iria até um lugar onde ninguém sabe o nosso nome e onde não falam a nossa língua, quando podíamos ficar em casa... onde a nossa vida faz sentido?"
Salman Rushdie sobre "The Enchantress of Florence"
Salman Rushdie sobre "The Enchantress of Florence"
Friday, July 04, 2008
Best Cities in the World
1 - Vancouver | Canadá
2 - Melbourne | Austrália
3 - Viena | Áustria
4 - Genebra | Suiça
5 - Perth | Austrália
6 - Adelaide | Austrália
7 - Sydney | Austrália
8 - Zurique | Suiça
9 - Toronto | Canadá
10 - Calgary | Canadá
51 - Lisboa | Portugal
123 - Lagos | Nigéria
124 - Karachi | Paquistão
125 - Dhaka | Bangladesh
126 - Argel | Argélia
127 - Porto Moresby | Papua-Nova Guiné
Bom, a Austrália parece que tem as melhores cidades do mundo, logo seguida pelo Canadá. E com mais três da Europa Central temos o top dez, nem sei com que critérios. De facto devem ser cidades calmas e tranquilas com qualidade de vida. E o que lhes falta em agitação cultural terão em paz e estabilidade social. Porventura calmas demais.
Quanto ao fundo da tabela a minha curiosidade vai para a Papua. Este meio país (o resto da ilha é Indonésia) parece ser um dos últimos redutos onde a civilização ainda não chegou. Acho ainda mais isolada que interiores de Amazónias ou outras terras do género, na medida em que todo o país é isolado. Não há a parte normal do país - todo ele é primitivo. Acho fascinante.
Quanto aos restantes, a má qualidade de vida deve-se basicamente a guerras civis, regimes corruptos e opressores e às disparidades sociais. O normal. Excepto Dhaka, pois o Bangladesh é mais conhecido pelas suas reais dificuldades. Um país que fica semi-submerso todos os anos não deve ter vida fácil.
A minha cidade não está na lista. Mas eu gosto dela à mesma.
2 - Melbourne | Austrália
3 - Viena | Áustria
4 - Genebra | Suiça
5 - Perth | Austrália
6 - Adelaide | Austrália
7 - Sydney | Austrália
8 - Zurique | Suiça
9 - Toronto | Canadá
10 - Calgary | Canadá
51 - Lisboa | Portugal
123 - Lagos | Nigéria
124 - Karachi | Paquistão
125 - Dhaka | Bangladesh
126 - Argel | Argélia
127 - Porto Moresby | Papua-Nova Guiné
Bom, a Austrália parece que tem as melhores cidades do mundo, logo seguida pelo Canadá. E com mais três da Europa Central temos o top dez, nem sei com que critérios. De facto devem ser cidades calmas e tranquilas com qualidade de vida. E o que lhes falta em agitação cultural terão em paz e estabilidade social. Porventura calmas demais.
Quanto ao fundo da tabela a minha curiosidade vai para a Papua. Este meio país (o resto da ilha é Indonésia) parece ser um dos últimos redutos onde a civilização ainda não chegou. Acho ainda mais isolada que interiores de Amazónias ou outras terras do género, na medida em que todo o país é isolado. Não há a parte normal do país - todo ele é primitivo. Acho fascinante.
Quanto aos restantes, a má qualidade de vida deve-se basicamente a guerras civis, regimes corruptos e opressores e às disparidades sociais. O normal. Excepto Dhaka, pois o Bangladesh é mais conhecido pelas suas reais dificuldades. Um país que fica semi-submerso todos os anos não deve ter vida fácil.
A minha cidade não está na lista. Mas eu gosto dela à mesma.