Saturday, May 29, 2010
O Naufrágio
A minha opinião sobre a Comissão de Inquérito sobre a compra da Tvi pela Pt resume-se a isto: O país está naufragar, a ir ao fundo a olhos vistos, e meia classe política anda ocupada a saber se alguém comeu ou não umas bolachitas ou se já tinha ouvido falar que ía ser feito um bom negócio por uma empresa privada ou algo de importância equivalente. Provavelmente, se o fez até está errado, mas isto de deixar o país ir à falência só para provar que têm razão...
O governo está parado à meses só a tentar reagir a estas questões tãoooo importantes para o destino futuro do país, quando a pior recessão do século ameaça levar tudo à bancarrota, não me parece uma boa avaliação das prioridades. E os cidadãos nem querem saber, só querem alguém em quem deitar as culpas. E se durante um bocadinho remássemos todos para o mesmo lado?
O governo está parado à meses só a tentar reagir a estas questões tãoooo importantes para o destino futuro do país, quando a pior recessão do século ameaça levar tudo à bancarrota, não me parece uma boa avaliação das prioridades. E os cidadãos nem querem saber, só querem alguém em quem deitar as culpas. E se durante um bocadinho remássemos todos para o mesmo lado?
Thursday, May 27, 2010
Má educação
Nos últimos anos, os nossos governos têm feito uma grande aposta no investimento em Educação, por forma a melhorar o nosso capital humano e a competitividade da economia. E a aposta tem sido realmente grande. Após décadas de reduzido investimento em capital humano, Portugal gasta actualmente em Educação, em percentagem do Pib, mais do que a média da OCDE. A grande questão é esta: Quão eficiente tem sido o investimento em Educação? Será que temos sido eficazes na melhoria da qualidade e da quantidade do capital humano português? A triste verdade é: não muito.
O Desmitos poem o dedo na ferida.
O Desmitos poem o dedo na ferida.
Monday, May 24, 2010
Saturday, May 15, 2010
Recessão vs Reacção
A construção do Empire State Building iniciou-se em 1929. O ano da pior recessão de sempre. Por vezes os investimentos em anos de recessão não são os mais óbvios, e só produzem reflexo passado algum tempo. Mas é importante não pensarmos apenas a curto prazo, devemos ver um pouco além do imediato.
Dizem que um bom governo planeia os quatro anos seguintes, e que um excelente governo planeia para as gerações seguintes.
Dizem que um bom governo planeia os quatro anos seguintes, e que um excelente governo planeia para as gerações seguintes.
Estatuto
O novo estatuto do aluno delineado pelo governo já não contempla o chumbo por faltas. Os alunos deixam assim de reprovar, mesmo que não compareçam às aulas. A ministra da educação, Isabel Alçada, já respondeu às críticas: 'Está provado que a frequência das aulas não é determinante para o bom aproveitamento. Existem casos de alunos que conseguiram obter graus de licenciatura na Universidade Independente sem nunca terem assistido a uma aula. Mesmo os alunos que tenham apenas classificações negativas e que se enganem a escrever o próprio nome, não devem ser reprovados.'
'Não se trata de facilitismo mas sim de encontrar estratégias pedagógicas para a transmissão adequada de conhecimentos e que contemplem as mais valias lectivas, inserindo-as no contexto de aprendizagem do meio sócio cultural da escola.'
No Portugalex.
'Não se trata de facilitismo mas sim de encontrar estratégias pedagógicas para a transmissão adequada de conhecimentos e que contemplem as mais valias lectivas, inserindo-as no contexto de aprendizagem do meio sócio cultural da escola.'
No Portugalex.
Tuesday, May 04, 2010
Sunday, May 02, 2010
Cidades Criativas
Os três elementos necessários para o sucesso das Cidades Criativas:
- Talento
- Tecnologia
- Tolerância
Os dois primeiros parecem-me razoáveis, mas a Tolerância é que será mais difícil de conseguir. Pelo menos para estes lados.
- Talento
- Tecnologia
- Tolerância
Os dois primeiros parecem-me razoáveis, mas a Tolerância é que será mais difícil de conseguir. Pelo menos para estes lados.
Media ScareStories
A imagem talvez esteja demasiado pequena para se perceber o conteúdo desta infografia, é uma cronologia da intensidade de panicos ampliados pelos media mundiais. O primeiro pico, a cinzento, corresponde ao Bug do Milénio - Y2K, o laranja é a Sars Quarantine na China, o amarelo é a Gripe das Aves, e a rosa é o H1N1 - a Gripe A. Pelo meio ainda temos a doença das Vacas Loucas, Tumores por telemóveis, Colisões de Asteróides, etc... Estas coisas vêm por modas, e os media são excelentes amplificadores.
Mais um excelente gráfico de Information is Beautiful.
Impossibilidades
Dei-me ao trabalho de acompanhar um pouco da comissão de inquérito parlamentar ao negócio PT/TVI. Que vergonha, que embaraço... andamos a pagar e a votar para os nossos deputados fazerem aquelas figuras?
Uma caça às bruxas, inútil e sem nenhum sentido de estado. Muitas perguntas do género "Acha possível que", ou "Se, acha que"... ou seja, uma pessoa vem prestar esclarecimento no seu papel como responsável de uma empresa ou entidade, e andam a perguntar opiniões, possibilidades, eventualidades. Enfim, nada interessados em esclarecer a verdade, nem se houve qualquer ilegalidade, mas entretidos a aproveitar a exposição mediática para tentar enxovalhar, muitas vezes quem nem sequer está presente, como seja o primeiro ministro, e de certa forma a todos nós.
O mais embaraçoso que eu vi, foram os responsáveis de alguns partidos a quererem saber sobre um documento exposto de forma ilegal, sobre um negócio que não dizia respeito ao ao tema da comissão, e que se encontrava em segredo de justiça. E como naturalmente não o podiam fazer, passaram a questionar sobre uma notícia que transcrevia o dito documento. Ou seja, para a pessoa em questão responder sobre a notícia e não sobre o documento. Mas, claro, a pessoa não tinha nada a dizer sobre a notícia - nunca a tinha lido, muito menos escrito, nem sabia nada sobre o artigo do jornal. E quando lhe perguntavam sobre o conteúdo da notícia, mais uma vez nada podia dizer, nem devia. Então lá voltaram outra vez às "possibilidades", às "opiniões", aos "ses" e aos "acha que"...
Se o Primeiro ministro mentiu ou não, ou se houve alguma ilegalidade, há muito que já deixou de ser o objectivo da comissão. Querem é apanhar alguém com as calças na mão. Para quê?
Uma caça às bruxas, inútil e sem nenhum sentido de estado. Muitas perguntas do género "Acha possível que", ou "Se, acha que"... ou seja, uma pessoa vem prestar esclarecimento no seu papel como responsável de uma empresa ou entidade, e andam a perguntar opiniões, possibilidades, eventualidades. Enfim, nada interessados em esclarecer a verdade, nem se houve qualquer ilegalidade, mas entretidos a aproveitar a exposição mediática para tentar enxovalhar, muitas vezes quem nem sequer está presente, como seja o primeiro ministro, e de certa forma a todos nós.
O mais embaraçoso que eu vi, foram os responsáveis de alguns partidos a quererem saber sobre um documento exposto de forma ilegal, sobre um negócio que não dizia respeito ao ao tema da comissão, e que se encontrava em segredo de justiça. E como naturalmente não o podiam fazer, passaram a questionar sobre uma notícia que transcrevia o dito documento. Ou seja, para a pessoa em questão responder sobre a notícia e não sobre o documento. Mas, claro, a pessoa não tinha nada a dizer sobre a notícia - nunca a tinha lido, muito menos escrito, nem sabia nada sobre o artigo do jornal. E quando lhe perguntavam sobre o conteúdo da notícia, mais uma vez nada podia dizer, nem devia. Então lá voltaram outra vez às "possibilidades", às "opiniões", aos "ses" e aos "acha que"...
Se o Primeiro ministro mentiu ou não, ou se houve alguma ilegalidade, há muito que já deixou de ser o objectivo da comissão. Querem é apanhar alguém com as calças na mão. Para quê?
Liberal ?
O post anterior me fez reflectir demoradamente sobre o meu posicionamento político. Apesar de me situar em muitos dos valores da Esquerda, que nos EUA são bastante distintos dos nacionais, considero, respeito e acho bastante válidos muitos dos valores da Direita. Acho que os valores mais tradicionais devem ser respeitados e preservados, por quem bem entender, sem qualquer carácter obrigatório. A tradição, a história e o património são também elementos essenciais à identidade de cada comunidade, desde que se mantenha o respeito pela individualidade. E o mesmo ocorre com o progressismo, a igualdade, o multiculturalismo, enfim... um pouco de tudo.
No fundo considero-me Liberal, com respeito pelas crenças individuais de cada um. Mas, se ser Liberal nos valores é ser de Esquerda, e Liberal na economia é ser de Direita, onde será que me situo? Se calhar o modelo português também não me serve. Acho que prefiro mesmo o liberalismo holandês e ficamos por aí.
No fundo considero-me Liberal, com respeito pelas crenças individuais de cada um. Mas, se ser Liberal nos valores é ser de Esquerda, e Liberal na economia é ser de Direita, onde será que me situo? Se calhar o modelo português também não me serve. Acho que prefiro mesmo o liberalismo holandês e ficamos por aí.