Friday, March 30, 2007

GP de Portugal

Grandes Portugueses

Na minha opinião, e em homenagem ao velho ditador, censurava os resultados do concurso alterando o vencedor. Assim ficavam todos contentes.

O Velho Ditador

Salazaristas indignados com a votação alcançada no concurso Grandes Portugueses !!!
"Qualquer votação abaixo dos 98% é claramente falsa e manipulada", dizem os seus apoiantes.

manchete do Inimigo Público

Sunday, March 25, 2007

Espaço vazio

O Universo é feito essencialmente de coisa nenhuma.
Intervalos, distâncias, buracos, porosidade etérea.
Espaço vazio, em suma. O resto, é a matéria.

de António Gedeão

Saturday, March 24, 2007

O Amor


++

Vamos

Vamos fugir juntos princesa,
eu levo uma abóbora e tu um pé descalço e só paramos quando ninguém quiser.

Hora de mudança

Hoje chegou a minha hora.
Tenho mais um ano e mais uma hora: a de Verão, que de todas é a minha favorita.

Wednesday, March 14, 2007

Boleias

Segundo o Público, a tradicional boleia de dedo estendido tem vindo a perder tradição em prol de um novo conceito que é o de organizar uma boleia através da internet. Já tinha encontrado um conceito semelhante há alguns anos na Alemanha. Em algumas lojas especializadas apontávamos o destino pretendido e, havendo alguém com viatura a viajar nessa direcção sempre podia gozar da nossa companhia, ou de um pequeno abatimento nos custos da viajem. Isto, claro, só funcionava bem para grandes distâncias.

Deixo aqui a lista de alguns sites Europeus de boleias:
Mitfahrgelegenheit
e-Driver
Hitchhikers
Taxistop
Car Pool World

Investigação facultativa

No programa "Mais cedo ou mais tarde" da TSF ouvi uma entrevista a Luis Cabral, Professor da Universidade de Nova Iorque e, neste momento aproveita o seu ano sabático para dar e assistir a aulas na Universidade de Yale.

Um aspecto que me espantou pela diferença para com a nossa realidade foi que, como professor universitário, Luis Cabral realiza na faculdade trabalho de investigação. Questionado quanto tempo dedica à investigação, respondeu que era relativo mas que dedicava muito mais tempo à investigação do que a dar aulas em frente aos alunos. Até porque algumas aulas são mestrados ou doutoramentos e os alunos são bastante exigentes, fazendo com que o professor tenha que estar realmente preparado. Os professores realizam também algum trabalho para fora da escola, sendo incentivados pela mesma, mas limitado a, no máximo, um dia por semana para que efectivamente não descurem as suas obrigações escolares.

Também muito me espantou a forma como eram controladas estas actividades, sendo necessário realizar um relatórío no final do ano. Nesse relatório deverão descriminar o tempo gasto em actividades lectivas ou em investigação, quais os resultados dessas mesmo investigações, e quais artigos foram publicados nesse ano. É com base nesse documento que será contabilizada a sua remuneração e não em função de tabelas salariais fixas.
É algo do género: quem mais trabalha mais recebe e o esforço é recompensado. Para além da valorização da ampliação dos conhecimentos que a todos favorece, o professor vê todo o seu trabalho reconhecido.

Tudo isto são conceitos muito avançados de difícil aplicação numa cultura como a nossa, claro.

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Tuesday, March 13, 2007

The Promise



de Chen Kaigé

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Fantasporto 07

Já há muito que estou para dar a minha opinião do Fantasporto deste ano.
Não foi nada de extraordinária, mas não foi má. E se tivesse de salientar uma tendência desta edição diria que este Fantas foi o mais sanguinário de há algum tempo para cá. Tanto nos premiados como nas sessões regulares vi muitos filmes pesados, com muito terror, muitos monstros e muitas facas e mais sangue do que é costume.

Aliás, o filme "Taxidermia" de Gyorgy Pálfi foi talvez o filme mais violento que já vi premiado. Já vi alguns mais violentos, mas passando nas sessões especiais só para fanáticos. Em geral o terror é uma constante do festival, mas costumam ser contrabalançados por outros filmes. Mesmo quando há muito terror, serão talvez mais os psicológicos ou de fantasia. Mas confesso que muito do festival também passa pela minha experiência pessoal e pode ter sido apenas coincidência.

Vi poucos filmes espanhóis por lá, o que me fez sentir alguma falta. Houve a fantasia do “El Laberinto del Fauno” e “Un Franco, 14 Pesetas”, filmes premiados mas que acabei por não ver. E já há algum tempo que não tenho encontrado o cinema Neozelandês que vivia mais da fantasia do que dos fantasmas. No resto, o cinema oriental e norte americano a fazerem as despesas da casa. Achei muito bonito o filme “The Promise” de Chen Kaigé, e interessante o "Paprika" de Satoshi Kon. No geral todos os que vi foram engraçados e relevantes. Podia era haver outras tendências para contrabalançar. Muitas vezes, as edições do Fantas são um reflexo dos dias que vivemos, mas desta vez foi um pouco inconsequente. Não houve aquele Filmão, não houve aquela tendência global. Foram apenas filmes. Muitos.
Mas não foi em vão. Nunca é.

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Swim



Onze de Março foi para mim o primeiro dia de primavera. Que se lixe o calendário que já há muito não funciona direito

Friday, March 02, 2007

Novos tempos.

De volta ao nosso século, encontrei esta notícia sobre a alteração do quadro legal português em relação à prostituição, que poderá significar alguma evolução no respeito pela condição feminina e pela livre vontade dos indivíduos. De recordar que em Portugal a prostituição não é ilegal, apenas não está legalizada.

Refiro aqui um post de Joana Amaral Dias, sobre esta questão dizendo que "A propósito da discussão sobre a possível alteração à lei sobre a prostituição, é importante distinguir a prostituição voluntária e a forçada, ligada ou não a tráfico. Esta última deve ser condenada e legislada enquanto tal. E só esta distinção, aliás, permitirá combatê-la com eficácia.

Quanto à primeira, aos homens e mulheres que se prostituem voluntariamente, é necessário enfatizar dois aspectos. O primeiro é que devem existir, efectivamente, medidas preventivas. A maior parte delas ligadas ao combate à pobreza e ao desemprego, educação e educação sexual, abuso sexual nas crianças, prevenção da gravidez adolescente, etc.. E implementarem-se medidas e programas para os que querem deixar de se prostituir. Em Portugal tem passado essencialmente (e salvo raras e honrosas excepções) por aulas de crochet."

Há que respeitar quem opte pela prostituição voluntária como um cidadão como qualquer outro. Há que prevenir, há que apoiar e há que respeitar. Esconder debaixo do tapete nunca resolveu nada e a pura repressão também não é solução. A prostituição voluntária está, actualmente, associada a um mercado paralelo onde quem seja profissional do ramo não pode nem pedir um empréstimo para comprar uma casa. E não me venham com conversas do Papa porque não acho mesmo que ele seja nenhuma autoridade no assunto.

Naquele tempo...

Frases retiradas de revistas femininas da década de 50 e 60:

- Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.
Jornal das Moças, 1957
- Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar o seu carinho e provas de afecto.
Revista Cláudia, 1962
- A desarrumação numa casa de banho desperta no marido vontade de tomar banho fora de casa.
Jornal das Moças, 1965
- A mulher dever fazer o marido descansar das horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.
Jornal das Moças, 1959
- Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples facto de cair cinza nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.
Jornal das Moças, 1957
- A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha resistido a experiências pré-nupciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara.
Revista Cláudia, 1962
- Mesmo que um homem consiga divertir-se com a sua namorada ou noiva, na verdade ela não irá gostar de ver que ela cedeu.
Revista Querida, 1954
- O noivado longo é um perigo. Revista Querida, 1953
- É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.
Jornal das Moças, 1957
- O lugar da mulher é no lar. O trabalho fora de casa masculiniza.
Revista Querida, 1955

Já não se fazem revistas didáticas e carregadas de moral e amor como no tempo de Salazar. Tirem as vossas conclusões

Eco-chic

Encontrei este texto numa crítica a um livro muito interessante - Green Places to Stay - e que revela uma saudável tendência ecológica nas sociedades actuais.


O "turismo verde" conquista cada vez mais adeptos. Após o período de euforia em que as viagens para os locais mais remotos e exóticos do planeta se tornaram mais baratas e cessíveis, a maior parte dos turistas deixou de apreciar, quer o "turismo de massas", quer até os hotéis e resorts de luxo cuja oferta é cada vez mais homogénea à escala global.

Está a emergir um novo tipo de turista que prefere a autenticidade ao luxo e a comunhão com a natureza às comodidades "artificiais". Este novo perfil de turista está inclusivamente disposto a pagar um preço mais elevado pela estadia em locais que não possem quaisquer facilidades associadas aos hotéis de cinco estrelas.

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Finding Nemo

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